Conhecedores dos bastidores da política estadual são contumazes em afirmar, em rodas de conversa, que o governo Flávio Dino (PCdoB) move uma cruzada em várias frentes para tentar desqualificar o projeto “Saúde é Vida”, iniciado na gestão passada e que trouxe qualidade de excelência para ao atendimento ambulatorial e hospitalar no Maranhão.
A cruzada contra o projeto atingiu o âmbito policial quando foi denunciado pelo próprio governo, na tentativa de atingir adversários políticos. Mas trouxe um problema para a própria gestão da saúde.
Ninguém questiona no Maranhão que o atendimento hospitalar era de excelência até 2014. A própria oposição ao governo do Estado sempre tem ressaltado que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), tinham serviço nos níveis de clínica particular e serviam de alternativa aos Planos de Saúde. Mas isso começou a mudar nos últimos meses. As UPAs estão abandonadas, quase sem médicos, com atendimento que deixa a desejar.
Mesmo assim, o governo manteve sua cruzada. E os episódios de segunda e terça-feiras, com policiais federais conduzindo ex-servidores públicos, prendendo empresários e criminalizando as ações de saúde, levou a mais um passo na caminhada de aproximação do caos na saúde.
Pilhado pela PF, e com os donos presos, o Instituto Cidadania e Natureza – que prestava serviços ao estado desde o governo José Reinaldo, e ampliou sua presença no atual governo – foi obrigado a encerrar suas atividades.
O problema agora – como alertam setores oposicionistas –, é o governo absorver todo o corpo de funcionários do ICN, recontratar médicos, enfermeiros, farmacêuticos e todos os demais trabalhadores da saúde, para evitar solução de continuidade e, sobretudo, garantir os direitos trabalhistas dessas milhares de pessoas.
A queda na excelência é iminente, e em algumas unidades de saúde já começou. E tudo por uma cruzada política sem precedentes.
Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão