Rusgas na relação

A cada dia, parece mais difícil a relação entre o PDT e o PCdoB. Aliados de primeira hora do governador Flávio Dino, os trabalhistas estão enfrentando grandes embates no Maranhão para manter sua musculatura partidária.

Ainda na pré-campanha, o PDT aceitou o descumprimento do acordo pelo qual indicaria o vice na chapa de Flávio Dino em nome de uma composição necessária para consolidar o que passaram a chamar de “mudança”.

Agora, a tensão é por conta das pré-candidaturas no interior. Os casos mais evidentes são o de Imperatriz, com a possível candidatura de um comunista contra a da deputada Rosângela Curado, que se filiou ao PDT por sugestão do próprio Flávio, e de Pinheiro, onde o médico Leonardo Sá deixou o PDT para ingressar no PCdoB, sem nenhuma explicação aos antigos companheiros.

Em São Luís, muitos acreditam que não exigiram a filiação do prefeito Edivaldo Holanda Júnior no PCdoB por medo de uma derrota nas urnas.

Caso o atual prefeito se reeleja, os méritos serão do Palácio dos Leões, mas, se o barco naufragar, Holanda e o PDT podem ser abandonados à própria sorte.

Agora, a participação no Governo também vem sendo alvo de tensão. Já é dada como certa a substituição da atual secretaria de Educação, Áurea Prazeres, pelo atual secretário de Cultura, Felipe Camarão, tirando dos pedetistas um importante espaço em uma área prioritária na ideologia partidária.

Fora do Maranhão, o PCdoB também vem evidenciando seu instinto de escorpião. Em São Paulo, o cantor Netinho é alvo de processo pelos comunistas que querem tomar seu mandato de vereador na Justiça, justamente por ele ter trocado o PCdoB pelo PDT.
A relação entre os dois partidos já teve dias melhores.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *