Idealizado em 2010, quando teve início a execução do Programa Saúde é Vida, o hospital estadual inaugurado em Caxias esta semana teve sua ordem de serviço assinada em 2013 pela então governadora Roseana Sarney e pelo secretário estadual de Saúde na época, Ricardo Murad. No final daquela gestão, em novembro de 2014, cerca de 80% da obra física estava pronta, assim como os equipamentos já haviam sido adquiridos, com recursos do BNDES.
“Adquirido o terreno, deixamos a obra em pleno andamento, definimos o seu perfil e compramos os equipamentos. Agora, após um ano no governo e de ter recebido o Hospital Macrorregional de Caxias praticamente pronto, com todos os equipamentos no estoque, a unidade é inaugurada fora do seu perfil, reduzida a hospital regional. O governador, por falta de conhecimento ou vaidade, está destruindo o Programa Saude é Vida”, afirmou Ricardo Murad.
Ele ressaltou que o Hospital de Caxias foi construído para ser referência na alta complexidade para aquele município e todas as cidades de sua macrorregião. Como hospital regional, precisará de uma unidade mais complexa para receber seus pacientes graves e acometidos de enfermidades e que demandam atendimento altamente especializado.
“No programa de saúde que idealizamos e implantamos durante a nossa gestão à frente da SES, todos são tratados igualmente, numa rede integrada, desde os pequenos hospitais de pronto atendimento municipais, passando pelas UPAS, pelos hospitais regionais de urgência e emergência até os mais avançados que cuidam das UTIS, da alta complexidade e do câncer. O de Caxias integraria a rede de alta complexidade, mas foi diminuído para um simples hospital regional, que não vai resolver os casos complexos para os quais estava destinado”, lamentou o ex-gestor.
O Hospital Macrorregional de Caxias foi idealizado no Programa Saúde é Vida, com 100 leitos de internação clínica e 10 de UTI, com área construída de 5.526 m², dispondo de centros cirúrgicos com quatro salas, centros de imagem para exames de tomografia, raio-x, ultrassonografia, mamografia e endoscopia. Também deveria colocar à disposição dos pacientes Serviço de Pronto Atendimento 24 horas (SPA) e laboratórios de análises clínicas.
A obra física foi orçada em R$ 21.138.379,59 e os equipamentos em R$ 11 milhões, totalizando um custo de cerca de R$ 32 milhões. Nessa importante obra, o Governo do Estado tem apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Informações de O Estado