Seletivo para o ensino médio-técnico do Governo classificou candidatos por “endereço residencial”

Edital IemaO Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), sob o comando de Bira do Pindaré (PSB), cometeu uma das maiores aberrações para com a educação este ano.

Elaborou e publicou um “processo seletivo” – se é que assim pode ser chamado -, para o ingresso de estudantes no ensino médio-técnico em tempo integral, que dispõe de três polos: São Luís, Bacabeira e Pindaré Mirim.

Foram abertas 400 vagas para as três unidades, subdivididas para cursos de Serviços Jurídicos, Informática, Meio Ambiente,  Eventos, Logística, Mineração, Administração, Agropecuária e Recursos Pesqueiros.

Ocorre que o edital – tão “bem feito” pelo controverso Bira do Pindaré -, previa a classificação de candidatos inscritos, todos egressos do nono ano do ensino fundamental, de acordo com a proximidade do seu endereço com a escola.

Isso mesmo. O tão bem elaborado seletivo do Iema, selecionou candidatos por endereço. Apenas em caso de empate nesse critério [candidatos que moram na mesma rua?], seria levada em consideração a maior média final do 9º ano.

Bira, realmente, consegue me surpreender.

Os candidatos não foram submetidos a uma prova, o que seria no mínimo razoável, tão pouco tiveram a sua média final do ensino fundamental, considerada como primeiro item de classificação.

Resultado: protesto de pais, candidatos e principalmente de educadores.

Em Bacabeira, por exemplo, professores do Complexo Bacabeirense estranharam a lista de alunos “classificados” pelo Iema para o ensino médio-técnico.

Segundo eles, alguns dos estudantes classificados obtiveram a média 7 no ensino fundamental, e acabaram ficando à frente de outros candidatos, que deixaram o ensino fundamental com média 9,6, por exemplo. Eles também apontaram a classificação de estudantes que já haviam concluído o primeiro ano do ensino médio, mas que buscaram a oportunidade para tentar a formação técnica da rede estadual. Na prática, esses estudantes estariam dispostos a repetir o primeiro ano do ensino médio e foram classificados, tirando a oportunidade dos egressos do ensino fundamental.

Diante de tais fatos, uma equipe de pais e professores do Complexo Bacabeirense foi até o secretário Bira do Pindaré com uma lista de pelo menos 20 candidatos – que tiveram desempenho exemplar no ensino fundamental, mas que não foram classificados pelo Iema por morarem algumas ruas mais distantes da escola, em relação a outros candidatos. Do secretário ouviram que haverá uma tentativa de corrigir as falhas.

O problema é que o edital previa o período de matrículas até o dia 15 deste mês, e as aulas já serão iniciadas.

Os pais de candidatos e pelo menos um professor, prometem recorrer ao Ministério Público Estadual.

Leia aqui a íntegra do “democrático” edital elaborado por Bira do Pindaré. É uma demonstração clara de incompetência e preguiça de quem prometeu a decantada “Mudança”.

Nota: O blog entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado da Ciência, Tecologia e Inovação, mas ainda não obteve retorno.

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