A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), pode até estar chateada com o desembarque do PMDB de seu governo, e sobretudo, com a divergência entre as lideranças do partido no Maranhão, mas não pode reclamar.
Não pode, porque na eleição de 2014, aproveitou-se do jogo duplo de seu partido no estado para ajudar a eleger-se presidente da República.
Naquela ocasião os então candidatos Flávio Dino (PCdoB) – hoje governador, e Lobão Filho (PMDB), disputavam publicamente e quase que a tapas, o apoio de Dilma.
Mas não devia ter sido assim.
O Partido dos Trabalhadores – oportunista que é -, fazia parte da administração Roseana Sarney (PMDB) e do grupo político do senador Lobão Filho.
Indicava, naquela eleição, o candidato a primeiro suplente de senador, Zé Antônio Heluy, na composição de chapa com o também candidato governista, Gastão Vieira (PMDB).
E mesmo assim, o Partido dos Trabalhadores, da presidente Dilma Rousseff, inaugurou comitê na Avenida Beira-Mar em apoio ao candidato Flávio Dino.
Dilma não pode reclamar de oportunismo ou de abandono, pois é justamente o que tem feito na política e administrativamente no Maranhão.
Foi oportunista na eleição, e omissa na administração. Retrato disso é o abandono da obra de duplicação na BR-135, os baixíssimos repasses para a Saúde e Educação ao estado e a falta de qualquer projeto de envergadura no Maranhão.
Dilma só está sentindo na pele agora, os efeitos do jogo duplo que fez e que faz no Maranhão.
Bem feito.