A cúpula da Segurança Pública sabe, desde a noite de quinta-feira, o que motivou os ataques a ônibus na capital.
As ordens para os ataques partiu do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, após “regalias”, segundo aponta o presidente da Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos, Antônio Pedrosa, terem sido retiradas dos presos.
A crise se instalou há duas semanas, quando o agente penitenciário Gilvan Cordeiro foi executado na Vila Kiola. Ele estava de folga, com amigos num bar, quando o carona de uma moto, que se aproximou do local, disparou vários tiros contra ele.
O autor dos disparos – integrante de uma facção criminosa -, foi identificado pela polícia e morto dois dias depois, numa suposta “troca de tiros”. Trata-se de Nataniel Azevedo.
Com a morte de Gilvan e de Nataniel, o sistema de segurança começou a endurecer “regras” em Pedrinhas.
Foi então que partiu a “ordem”, de dentro do complexo, para que os ataques fossem iniciados nas ruas. E o pavor tomou conta da população.
Da noite de quinta-feira até ontem, 13 ataques haviam sido registrados na Ilha. Quartoze suspeitos foram presos pela polícia e menores apreendidos.
O governador Flávio Dino (PCdoB), que tanto criticou a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) na ocasião dos ataques, em 2014, afirmou que a cidade está em clima de “normalidade”.
E diante de todo esse cenário, a crise expõe um dos setores de maior insucesso do Governo do Estado: a Segurança Pública.