Destituído recentemente do comando do Partido Progressista (PP) no estado, o deputado federal Waldir Maranhão não gravou o seu programa para a propaganda partidária da sigla, regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que começou a ir ao ar na TV aberta no fim de semana.
A ausência de Waldir é reflexo da divergência entre ele e o deputado federal André Fufuca, que foi quem o substituiu no comando da legenda. Na propaganda, Fufuca fala na construção de um novo PP no estado.
“Existe um novo Partido Progressista sendo construído no Maranhão. E com ele, nasce uma nova forma de lhe dar com a política e com a nossa população. Queremos discutir problemas, desenvolver projetos e apresentar soluções para a nossa terra. Participe do novo PP, ajudando não a mudar, mas a construir um novo Maranhão. Aqui você vai ter voz”, destaca André Fufuca em um dos trechos do programa.
Já o deputado Waldir Maranhão, não gravou mensagem ao eleitorado, apesar de o partido ter reservado espaço para ele. Durante o programa do PP, foi veiculada imagem fixa com a frase: “propaganda partidária eleitoral. Espaço reservado ao deputado federal Waldir Maranhão”, por exatos 60 segundos.
O Estado entrou em contato com o parlamentar por meio de um aplicativo de troca de mensagens via internet, e perguntou o motivo de ele ter decidido por não gravar o programa, mas até o fechamento desta edição, o deputado não havia respondido.
André Fufuca explicou que a decisão de não gravar foi do próprio Waldir. “Garantimos o espaço a ele na propaganda partidária. Waldir, no entanto, optou por não gravar. Mesmo assim, o espaço permaneceu inalterado, tanto que foi veiculado com a informação de que o tempo pertencia a ele, durante o programa”, disse.
Disputa – A divergência entre Waldir Maranhão e André Fufuca começou logo após a filiação do deputado estadual Wellington do Curso na sigla. Wellington é pré-candidato a prefeito de São Luís e chegou na legenda, apoiado por André para, justamente, disputar as eleições 2016.
Ocorre que Waldir Maranhão conduzia o partido, até então, para apoiar a pré-candidatura da deputada federal Eliziane Gama (PPS).
A crise entre ambos se agravou, contudo, no mês passado, quando Waldir decidiu ir de encontro a orientação do diretório nacional da sigla, e votou contra a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal.
Ele acabou destituído do comando do partido no Maranhão e assistiu a legenda ser entregue a André Fufuca.
Waldir Maranhão ainda chegou a ingressar com uma ação na Justiça para reaver a presidência do diretório estadual do PP, mas teve a liminar rejeitada. A legenda permanece sob o comando de Fufuca e a pré-candidatura de Wellington mantida.
Informações de O Estado do Maranhão