A súplica de Bira do Pindaré

BiraNeutralizado pela direção municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o deputado estadual e pré-candidato a prefeito, Bira do Pindaré, é hoje vítima – dentro de seu próprio partido e grupo político -, daquilo que tanto acusou os seus adversários ao longo de sua trajetória: a velha política.

O socialista trava uma batalha, já quase perdida, diga-se de passagem, contra o senador Roberto Rocha (PSB) e o vereador Roberto Rocha Júnior (PSB), que aproximam a legenda de uma aliança com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

 Na última sexta-feira, Bira do Pindaré anunciou que recorreria à Justiça para obter o direito de ser o candidato do partido a prefeito de São Luís.

Afirmou aos filiados que simpáticos à sua pré-candidatura, que não aceitará o “coronelismo” de ninguém.

Logo Bira, que tanto apontou o dedo aos adversários, vítima de a um ato dessa natureza entre os seus?

Existe então “coronelismo” dentro de sua própria casa, e não apenas no grupo adversário como tanto gritou?

Ocorre que Bira sabe exatamente ao lado de quem está. Bira conhece o senador Roberto Rocha. Ele  conhece o perfil daqueles que o cercam, e conhece a si próprio. Sabe que a coerência e a “mudança” não fazem parte da rotina do grupo ao qual está inserido.

Não foi o grupo Sarney quem conspirou contra a candidatura de Bira. Não foi a “oligarquia” quem tentou, a todo custo, ferir o direito do socialista de disputar o comando do Palácio La Ravardière. Foi o grupo da “mudança”, da “democracia”, o grupo dos diálogos pelo Maranhão, o grupo e o partido – como ele afirmou em 2014 -, que representam a “nova política”.

E vai reclamar de que, afinal?

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