O governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou que não iria se envolver, como governador, nas campanhas eleitorais em nenhum município. Depois, voltou atrás e disse que iria participar, como cidadão, apenas das campanhas dos candidatos ligados ao seu partido ou a legendas aliadas. E assim tem feito, gravando vídeos que são distribuídos em vários municípios.
Mas as declarações de apoio do comunista têm gerado confusão em algumas cidades, sobretudo pela postura “dois pesos e duas medidas” adotada pelo governador.
Em Santa Rita e Bacabeira, por exemplo, Flávio Dino assumiu uma postura estranhamente contraditória. Em Bacabeira, pediu voto para o prefeito Alan Linhares, do PCdoB, que concorre à reeleição. A principal adversária de Linhares é Patrícia Gonçalo, que vem a ser mulher do ex-prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo.
Mas Hilton também é candidato a voltar ao poder em Santa Rita, e Flávio Dino gravou vídeo declarando ser ele “a melhor opção para Santa Rita”. Daí vem a pergunta: como pode Hilton Gonçalo ser a melhor opção em Santa Rita e a sua mulher, Patrícia, não ser a melhor em Bacabeira?
Situações como esta se espalham por vários outros municípios.
Em Imperatriz, a candidata de Dino – ainda que a contragosto – é a suplente de deputada federal Rosângela Curado (PDT), que tem o vice do PCdoB. Mas o principal líder comunista no município, o deputado estadual Marco Aurélio, nunca fez qualquer manifestação de apoio à pedetista.
A postura do governador – com seus vídeos e declarações de apoio – têm gerado ruídos no interior maranhense. Ruídos que podem se voltar contra o próprio governador.
Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão