Governo erra a mão ao tentar ligar Wellington a facção criminosa

wellingtonGilberto Léda – A denúncia do deputado estadual Wellington do Curso (PP), candidato a prefeito de São Luís pela coligação “Por amor a São Luís”, dando conta de que ele estava sendo monitorado abriu uma nova polêmica político-eleitoral nessa reta final de campanha na capital.

Logo após a revelação do pepista, o secretário de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry (PCdoB) utilizou-se das redes sociais para acusar o candidato de estar de um factoide para encobrir um suposto crime, qual seja: sua ligação com facções criminosas.

Isso mesmo.

“Factóide pra tentar esconder o apoio dele [Wellington do Curso] a manifestação organizada por facções criminosas hoje pela manhã”, escreveu o comunista, que seguiu na mesma linha em grupos de WhatsApp.

Mas que facções e que manifestação Wellington teria apoiado?

Explica-se: hoje cedo um grupo de mulheres, esposas de detentos, fez um protesto em frente ao Palácio dos Leões. Cobram melhor tratamento a presidiários e solução de problemas como a entrada de comida e visitas.

E onde Wellington entra nessa história?

O candidato diz que estava na praça para a gravação de um programa eleitoral e que no local também daria entrevista à TV Mirante porque a emissora cobre hoje a sua agenda de campanha.

Após o compromisso, conta Wellington, um grupo o convidou para fazer fotos. Houve declaração de apoio.

Não há registro de nada mais do que isso.

Foi o bastante para Jerry admitir, a partir daí, que o deputado está intimamente ligado a facções criminosas.

Errou a mão…

Em tempo: o caso parece muito com o que se tentou montar contra o atual prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), em 2012, quando o acusaram de tentar montar uma milícia.

Em tempo²: o Governo do Estado já emitiu uma nota sobre o protesto das esposas dos detentos. Parece mais uma nota de comitê eleitoral (leia aqui).

Em tempo³: seria crime se alguém mais decidisse apoiar o movimento das esposas dos detentos?

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *