Incoerência à la PCdoB*
O vice-prefeito de São Luís, Júlio Pinheiro (PCdoB), é um exemplo acabado da incoerência dos comunistas do Maranhão.
Ainda presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), ele tem controlado a entidade com mãos de ferro, tudo para garantir que não haja embaraços à proposta do governo Flávio Dino (PCdoB) de reajustar apenas a Gratificação de Atividade do Magistério (GAM) da maioria dos professores maranhenses – que pedem reajuste de vencimentos.
Mas não foi sempre assim.
Era fevereiro de 2014, a então governadora Roseana Sarney (PMDB) propôs reajuste salarial de 8,32% aos professores do Maranhão e tentou negociar um parcelamento dessa recomposição.
Júlio Pinheiro, já então presidente do Sinproesemma, reagiu:
– Não vamos aceitar qualquer forma de parcelamento do reajuste salarial da categoria. Queremos a recomposição salarial agora e retroativa a janeiro, como manda a nossa lei -disse naquela ocasião.
Já em fevereiro de 2017, exatamente três anos depois, o governador Flávio Dino propõe reajuste de 8% – mas apenas sobre a GAM para a maioria dos níveis da categoria -, também de forma parcelada e depois de não haver concedido o reajuste determinado pelo MEC em 2016.
Qual a reação de Pinheiro?
– Não devemos pensar apenas no ganho imediato, mas o que representa esse reajuste para a carreira, para o futuro de educador – declarou, recentemente.
Júlio Pinheiro é filiado ao PCdoB. E isso explica muita coisa.
*Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão