A sessão extraordinária de ontem, que marcou a aprovação da Medida Provisória (MP) 230/2017, que altera o Estatuto do Magistério e que concedeu reajuste salarial sobre gratificação e não sobre os vencimentos dos professores, serviu também para mostrar o constrangimento dos deputados Bira do Pindaré (PSB) e do Professor Marco Aurélio (PCdoB).
Ambos possuem na sua trajetória política, consolidada no campo de oposição, a luta por melhorias salariais de servidores públicos, sobretudo de professores.
Ambos já atuaram junto a sindicatos com bandeira em punho e gritos de ordens contra governos que eles consideravam opressores aos trabalhador maranhense.
Ontem, contudo, Bira do Pindaré e Marco Aurélio tiveram de “rasgar” as suas próprias biografias, como bem definiu o deputado Edilázio Júnior (PV) em seu discurso, para se “agachar” ao Governo Flávio Dino (PCdoB). E assim, votaram contra os professores.
Sob os gritos de “traidores”, Bira do Pindaré e Marco Aurélio deixaram as suas cadeiras de origem no Parlamento, situadas na primeira fileira à frente da Mesa Diretora, para literalmente se esconder dos protestos, no fundo do Plenário.
Visivelmente constrangidos e sem qualquer poder de reação, os parlamentares que outrora sustentavam atuação política sobre as “lutas” dos servidores, agora estavam ali, acuados, tímidos, calados e impotentes pela imposição do Palácio dos Leões.
Mas muitos não se surpreenderam…