Empresários só tomaram conhecimento de projeto de lei por meio da imprensa

O Estado – A Associação Comercial do Maranhão (ACM) e a Associação Maranhense de Distribuidores e Atacadistas (AMDA) divulgaram cartas, ontem, com pedido de suspensão da votação e com fortes críticas ao Governo do Estado por falta de diálogo com a classe empresarial.

Representantes das duas entidades acompanharam a votação da matéria na Assembleia Legislativa, e se posicionaram a O Estado sobre o tema.

O vice-presidente da ACM, Fabrizio de Almeida Duailibe, afirmou que conheceu o teor do Projeto de Lei 224/2016 somente na quarta-feira, e por meio da imprensa.

“Analisamos alguns pontos que nos preocuparam bastante e temos aqui duas perguntas a fazer. A primeira: porque nunca fomos chamados para questionamento, mas apenas para informar que já existe um projeto de lei. Nós é quem estamos no mercado, e porque não somos chamados? E outra: já que estamos apontando aqui claramente para uma diferenciação para gigantes e em que o pequeno não vai gozar a competitividade, porque que ninguém também, se sensibiliza? A gente entende que os deputados governistas precisam votar com o Governo, mas porque não há espaço para o bom senso e discussão prévia?”, completou.

O presidente da AMDA, Rodrigo Vieira, também questionou a não inclusão de todas as empresas do setor atacadista no projeto de lei aprovado ontem na Assembleia.

“Nós não somos contra o projeto de lei, mas temos de ter muito cuidado, quando se faz um benefício, de ouvir um pouco mais o setor que possa vir ser prejudicado. Acredito que há muitos pontos que precisam ser debatidos”, disse.

Vieira afirmou que um “diálogo” do Poder Executivo com o empresariado seria “enriquecedor”.

“O diálogo poderia transformar esse projeto de lei em algo que realmente favoreça toda a população do Maranhão e o empresariado maranhense”, disse.

Ele adiantou que aguarda do governador Flávio Dino, diálogo com a classe antes da regulamentação do texto.