O suposto pagamento de propina da Odebrecht ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), está registrado no sistema de informática [Drousys] do “Departamento de Propina” da empresa, que funcionava na Suíça.
Foi o que assegurou o delator José de Carvalho Filho ao Ministério Público Federal (MPF), ao afirmar que destinou R$ 400 mil a Flávio Dino para uso na campanha eleitoral de 2010.
Na delação, ele afirma que “a senha para receber o dinheiro teria sido entregue ao próprio parlamentar”, em operação realizada pelo setor de Operações Estruturadas e registrada no sistema Drousys”.
Esse sistema de informática, segundo Camilo Gornati [saiba mais aqui], um dos responsáveis por sua manutenção, na Odebrecht – em depoimento dado ao juiz federal Sérgio Moro -, era mantido em servidor na Suíça “por questão de segurança”.
O Ministério Público Federal (MPF) descobriu que a Odebrecht havia montado um setor específico dentro da empresa para gerenciar e controlar os pagamentos de propina da empresa. Por esse sistema, na Suíça, era controlado os repasses feitos para políticos e agentes públicos, por meio de operadores e contas em nome de offshores.
E é neste sistema, segundo o delator, que se encontra o registro de pagamento feito a Flávio Dino.