O dia 17 de maio de 2017, sem dúvida, ficará marcado como mais uma página deprimente da história política nacional.
As gravações que comprometem o presidente da República, Michel Temer (PMDB), feitas pelos sóciosda JBS, Joesley e Wesley Batista, abalaram a estrutura do chefe do Executivo e repercutiram em todo o mundo.
Já há pedido formulado no Congresso Nacional de impeachment do peemedebista. A oposição também pressiona Temer a renunciar o seu mandato.
As gravações surpreenderam até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que possuem nas mãos, o julgamento da chapa Dilma/Temer.
Se lá em Brasília a coisa ta feia, por aqui não é diferente.
Ontem o Superior Tribunal de Justiça (STJ) admitiu a possibilidade de determinar o afastamento ou até a prisão temporária de governadores que forem investigados no bojo da Operação Lava Jato.
A referência do STJ foi ao pedido de abertura de inquérito, feito pela Porcuradoria-Geral da República (PGR), que pesa contra o governador Flávio Dino (PCdoB) e outros ooito governadores.
Dino foi citado em delação por ex-funcionário da Odebrecht e é acusado de ter recebido propina da empresa para aplicação na eleição de 2010.
O delator afirmou que toda movimentação financeira ficou registrada no sistema de informática Drousys, que era mantido num servidor da Suiça.
No sistema, Dino teria recebido o apelido de “Cuba” e a senha “Charuto”, para poder fazer o resgate da propina.
O comunista nega as acusações.
O STJ promete analisar, nos próximos dias, o pedido de abertura de inquérito contra ele e os demais governadores.
Se o pedido for aceito, ele passa a ser investigado, oficialmente, na Lava Jato…