O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) tenta, por meio da mídia, desqualificar a relação que se faz entre a greve dos rodoviários, marcada para a próxima segunda-feira e um possível reajuste de tarifa de ônibus em São Luís.
Classifica de maldade, falta de informação e até de perseguição política, a atitude de quem se atreve a cogitar o novo aumento da passagem de ônibus.
Mas Edivaldo não tem razão.
E basta fazer a relação entre os últimos reajustes de tarifa de ônibus na capital, com as últimas greves de motoristas, cobradores e fiscais que atuam no sistema de transporte rodoviário da capital.
Em março de 2016, por exemplo, o prefeito autorizou o reajuste de 11,8% no valor das tarifas, na véspera de um feriado, após se arrastar um imbróglio entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário e o Sindicato das Empresas de Transportes (SET) [reveja aqui].
Na ocasião, o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Canindé barros, afirmou que o reajuste correspondia apenas à reposição da inflação e admitiu que a pressão dos empresários era para que o aumento fosse de 22%.
Em junho de 2014 [reveja] outro episódio semelhante. Rodoviários cobravam reajuste de salários. Empresários sustentavam a impossibilidade de conceder o reajuste, se não houvesse aumento de receitas.
Resultado: o prefeito cedeu ao SET e aumentou a tarifa.
O mesmo já havia ocorrido em 2013, primeiro ano da gestão pedetista.
Portanto, por mais que o prefeito tente desqualificar quem faz a relação hoje, a tentativa será frustrada.
O histórico de sua gestão dá razão justamente aqueles que temem pelo novo reajuste de tarifa.
Afinal, a população terá mais uma vez de pagar a conta?
Nao existe nada declarado sobre aumento de passagem.