Uber: por que o problema?

Em todo o mundo, o aplicativo utilizado para chamadas de transporte de passageiros – conhecido como Uber – já é uma realidade aplaudida e reconhecida por usuários e autoridades. Em muitos países, e em grandes cidades brasileiras, esse sistema já tem até concorrentes, que ajudam a melhorar ainda mais o setor de transportes.

Mas aqui em São Luís o Uber, como quase todos os assuntos – da cultura ao futebol; do turismo ao meio ambiente e aos negócios – também virou uma questão política. E fica claro que as ações a respeito do aplicativo tendem a levar em consideração as eleições.

Primeiro foi o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), que perdeu todos os prazos para sancionar uma lei da ex-vereadora Luciana Mendes, que proibia esse tipo de transporte em São Luís – na contramão, diga-se, de todo o mundo moderno.

Preocupado em desagradar o eleitorado formado pela ativa categoria dos taxistas, que se recusam a conviver no mesmo espaço com os motoristas do Uber, Edivaldo deixou que o prazo se esgotasse para jogar a batata quente nas mãos do presidente da Câmara, Astro de Ogum (PR). E ele não pestanejou em promulgar a lei, tornando o aplicativo ilegal na capital.

Para tentar corrigir o problema criado, o deputado Edilázio Júnior (PV) – que muito viaja e conhece como as coisas funcionam mundo afora – apresentou projeto de lei na Assembleia regulamentando o Uber. E a foi a vez da bancada do governador Flávio Dino (PCdoB) ajudar a derrubar a proposta.

Aos que conhecem o serviço em outros estados e países, resta agora a ação pretendida pela promotora Lítia Cavalcanti, que quer anular a lei da Câmara. Até lá, no entanto, o Uber é um serviço clandestino na única capital mundial que tomou esse tipo de medida.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

4 comments

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *