Uma crise se instalou entre as principais correntes do Partido dos Trabalhadores (PT) no Maranhão, desde a última sexta-feira, após o governador Flávio Dino (PCdoB) anunciar mudanças na estrutura do primeiro escalão do Poder Executivo.
Dino nomeou o delegado de Polícia Civil, Lawrence Melo, para o cargo de presidente da Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB) e Therezinha Fernandes para a Secretaria de Estado da Mulher. Ambos são do PT.
A indicação do delegado, contudo, foi duramente criticada pelos petistas que integram a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB).
Lawrence chegou há pouco mais de um mês no PT e ganhou o espaço na administração, o que foi encarado pelos petistas como uma jogada comunista para diminuir o partido no Governo.
Em carta à militância, petistas da CNB dizem que o Lawrence “tem vínculo com outros partidos” e que foi para o PT apenas para exercer “o papel de cavalo de Troia camarada”.
Além disso, afirmam que o ex-delegado-geral sequer teve a filiação homologada, além de ter sido indicado apenas pela proximidade com um irmão de Dino, o advogado Sálvio Dino Júnior.
Flávio Dino, óbvio, sabe da importância do PT para o seu projeto de reeleição, e da exigência do partido na ocupação de espaços na administração.
Mas, ao que tudo indica, não parece disposto a deixar nas mãos dos petistas, a indicação de nomes para pastas importantes do Governo. Por isso a “jogada de mestre”, com a nomeação de Lawrence.
E não adianta espernear…