Os riscos que corre Flávio Dino ao manter indefinição do candidato ao Senado

O governador Flávio Dino (PCdoB) tem promovido uma aberta, mas ao mesmo tempo desgastante e traumática disputa entre aliados para o Senado da República.

Candidato natural à reeleição ao Governo, Dino terá cacife para apoiar dois candidatos ao Senado. Mas até agora, só definiu apoio a um nome: Weverton Rocha (PDT).

Para a outra vaga, Dino submete ao rastejar, os deputados federais José Reinaldo Tavares (PSB) – que foi quem lhe abriu espaços na política -, Eliziane Gama (PPS) e Waldir Maranhão (PP).

Na lógica de Dino, cada um deles precisa se viabilizar de forma independente, convencer aliados do potencial da candidatura e consolidar-se no cenário eleitoral 2018.

Um equívoco.

Se não quer nenhum dos nomes e pensa num quarto personagem em todo esse contexto, como começa a sugerir a imprensa, Dino também erra.

A escolha do candidato ao Senado não pode fugir de um projeto maior de poder, que perpassa também pela sucessão do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), em 2020.

Dino precisa de um nome de confiança, e na composição da chapa que poderá eleger o seu senador [ou senadores], já definir o próximo candidato a prefeito de São Luís.

E isso precisa ficar claro “aos seus”, e aos adversários.

Sucessor natural de Edivaldo, o oposicionista Eduardo Braide navega hoje como o nome de maior cacife eleitoral para o Palácio La Ravardière. Foi um fenômeno e votos em 2016. Até por esse motivo, tem o nome bem cotado para a disputa do Governo.

E é por isso que Flávio Dino erra, ao estimular dentro do próprio grupo, uma disputa vazia e traumática.

Uma ferida maior pode ser aberta, e o projeto reduzido…

 

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