Após ampla repercussão do conteúdo da nota informativa da Secretaria de Estado da Saúde (SES) com alerta a profissionais da área sobre o número elevado de casos de Meningite no Maranhão, o secretário Carlos Lula utilizou o seu perfil em rede social para tentar diminuir a situação.
Ele afirmou que não há surto da doença no estado. Disse que esta possibilidade está descartada e que trata-se de uma irresponsabilidade “espalhar pânico sob a forma de fakenews”.
Não há, contudo, informação na imprensa maranhense sobre um eventual surto da doença – apesar de assustadores os números de casos identificados e mortes registradas em 2019 -, portanto, desqualificada a defesa do auxiliar de Flávio Dino.
Não há também fakenews sobre o tema.
Todas as informações levadas à mídia até o momento, estão sustentadas num documento oficial da SES [baixe aqui], que detalha todos os casos notificados, registrados e confirmados na Saúde do Maranhão.
O problema de Carlos Lula, do Governo do Estado e gestores da Saúde, foi o vazamento da informação que, pelo visto, tentava-se esconder da imprensa.
No documento, há sim um ALERTA para profissionais de Saúde e registro de 124 casos suspeitos notificados no estado, com 44 confirmações e 13 mortes.
Tentar esconder, diminuir, ou amenizar dados tão relevantes é que é irresponsável.
E irresponsabilidade não combina com gestão pública.
Nem rima com Saúde.