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Dino tem recorde de voos em aeronaves da FAB no governo Lula

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão, é recordista de viagens em voos da Força Aérea Brasileira (FAB) no governo do presidente Lula (PT).

Levantamento divulgado pelo Diário do Poder, com base em informações da própria FAB, Dino desfrutou somente até o mês passado, de 64 voos em aeronaves da Força Aérea.

Falta ainda a divulgação detalhada do relatório do mês de agosto, que será encerrado nesta semana.

No ranking de utilização de jatinhos da FAB, que é liderado pelo maranhense, aparecem ainda o ministro da Integração, Waldez Goés (PDT), com 59 voos; o ministro da Educação, Camilo Santana, com 51 vezes; a ministra da Saúde, Nísia Trindade, da Saúde, com 50 voos; o secretário-geral de Lula, Márcio Macedo, com 49 trechos percorridos e Fernando Haddad, do Ministério da Fazenda, com 47 voos da FAB.

À imprensa, o Ministério da Justiça informou que as viagens de Flávio Dino em aviões da FAB estão de acordo com os requisitos estabelecidos em lei — incluindo aquelas realizadas sob a justificativa de “segurança”, uma vez que o ministro sofre ameaças que ensejam até o reforço de sua escolta policial -.

Fins de semana em casa

É a mesma justificativa dada no mês de junho, quando um primeiro levantamento mostrou que Flávio Dino era o ministro que mais utilizava voos de jatinhos da FAB para passar fins de semana em casa.

Até aquela ocasião, Flávio Dino, que tem residência em São Luís, já havia realizado nove voos para a sua cidade natal com aeronaves da FAB.

Em apenas três oportunidades haviam compromissos informados ao Portal da Transparência. Os voos geralmente aconteciam nas sextas-feiras.

Para utilizar aeronave da FAB para viajar de Brasília a São Luís nos fins de semana – ao invés de recorrer a voos comerciais -, Flávio Dino utilizava a justificativa de ‘motivos de segurança’.

A legislação atual prevê que ministros de Estado só podem usar voos da FAB para viajar entre Brasília e as cidades onde têm domicílio quando alegarem motivos de “segurança”.

É comum, no entanto, que os ministros marquem compromissos nas suas cidades de origem e justifiquem os deslocamentos apontando motivos de serviço, o que também abre brecha para que os voos ocorram.

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